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Liberdade


Todo esse assunto sobre dançar.


É sobre liberdade. Mas o viés é outro.


Não enviesa sobre o que posso ou não posso fazer. Isso sempre está aí.


Não significar, essa é a liberdade.


Entretanto, com o peso de uma lógica e o contrapeso de uma inevitabilidade.


A lógica é uma de ações sem função ou inúteis, isto é, um estado propiciado por movimentos e pausas auto referenciados: a dança, servindo a ela mesma.


A inevitabilidade é a de estar permeável ao mundo e aos sentidos que operam nele: as forças e os signos.


Não significando nada, significo muitas coisas.


No suceder das coisas faço composições com escolhas e com distrações, com o que percebo e com o que estou alheio.


Quando simplificadas, as composições podem ser repetidas.


A diferença entre a dança imprevista e o repetível é uma natureza de memória: a memória é uma Experiência sempre muito mais simplificada do que a Experiência que ela faz referência. A memória é uma reinvenção com o que é possível.


Mas se estamos interessados em repetir, a técnica necessária é trazer um toque de deja vu à dança imprevista. Seria utilizar uma permissibilidade na repetição que possa confundir, tanto quanto possível, a Experiência presente com a Experiência passada.


Precisa estar claro que é o dançarino que precisa ter este deja vu ! Quem assiste, dança com seus próprios modos e habilidades, entre o velho e o novo de seu.

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