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Oficina Dança Imprevista

Abordagens Improvisacionais para ver e fazer dança

Oficina abordando diferentes estratégias para a improvisação enquanto estado subjetivo e cênico de dança. A Oficina é conduzida pelo dançarino Hugo Leonardo, compartilhando memórias, achados e invenções de sua trajetória artística e acadêmica na dança contemporânea, com foco especial em estudos cognitivos.

A Dança Imprevista é uma habilidade poética e física de traçar mapas em estado de desorientação. É uma habilidade de jogo. É uma competência para silêncios que convergem em abertura para impressionar-se com o próprio corpo, com o ambiente e até mesmo com o “eu” que se impressiona.   


É um estado peregrino de dança - cheio de distancias percorridas - em que posso sacar da mochila memórias, achados e invenções que, outra vez e inusitadamente, possam gerar movimento, poesia, coisa não nascida.  


Há caminhos corporais, técnicos, de articulação da atenção, de manejo das emoções, de delicadeza e risco. Percorreremos algo aí. É dança e as vezes não se importa em ser. É poético e muitas vezes não chega a ser. É vazio para ser pleno. Ou o contrário. Ou não. 


A Dança como um estado. A Improvisação não como um ato, mas como uma Emoção. No sentido de que interessa menos - se alguma coisa - a busca de novidade e invenção. Como uma emoção, estar em dança-improvisação organiza o corpo como um todo para uma determinada relação perceptiva com o mundo. A percepção sim é o ato. A improvisação proporciona a experiência nova e vital da presença, ainda que seja fazendo a mesmíssima coisa de sempre.  


Ao movermos, movemos a nossa atenção. Mas a nossa atenção também move por si mesma. O que vale dizer que a atenção já é movimento. É assim na dança. De fato, é assim em tudo que nossos corpos se envolvem, mas, no que diz respeito a esse convite, falamos de Dança. Sem dúvida, são comuns os descompassos entre o movimento e a atenção, descompassos de várias naturezas os quais, talvez, possam ser chamados todos de distrações. E como dançarinos, cuidamos de harmonizar descompassos! Como improvisadores nos ocupamos especialmente de alinhar movimento e atenção. E ainda envolvemos no jogo o movimento e atenção do outro (ou outros) com quem dançamos. 


Jogar fisicamente, emocionalmente e poeticamente o jogo de dança com outras pessoas e ambientes para colocar o corpo vivo em risco, no contexto de uma prática acolhedora, amorosa, movente entre a euforia e a delicadeza. Dizer que improvisamos é dizer que jogamos esse jogo de dança entre a técnica e o caos. E um universo brincante de atenção se abre no íntimo de cada dança e no espaço-entre que nos movemos.  

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